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Programa Guatá – Mobilidade de Discentes Indígenas.

CAPES/MEC e a Embaixada da França no Brasil assinaram na segunda-feira, 27 de outubro, acordo de cooperação para lançamento de edital do Programa Guatá – Mobilidade de Discentes Indígenas. A seleção abarca até 20 bolsas de doutorado-sanduíche para estudantes indígenas brasileiros cursarem parte da pós-graduação em universidades francesas.

Será investido cerca de R$ 1,7 milhão, a ser compartilhado entre a Coordenação e a Embaixada da França para financiar mensalidades, auxílios de instalação e deslocamento, adicional de localidade e seguro saúde. As bolsas terão duração de até nove meses.

“Nem todas as instituições na França têm alojamento para os estudantes. A Casa do Brasil, sob responsabilidade da CAPES/MEC, vai ajudar nesse acolhimento”, disse a presidente da CAPES/MEC, Denise Pires de Carvalho. “Queremos também aumentar o número de bolsas em 2026, com atenção especial à região Norte, onde há o maior número de doutorandos indígenas do país”, ressaltou.

Imagem: Capa do material de divulgação (Divulgação)Imagem: (Divulgação)

Para o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação (MEC), Rodolfo Cabral, “o Guatá é prova de que a excelência acadêmica e a diversidade caminham juntas”. Segundo o gestor, “o programa amplia o horizonte da ciência, fazendo dela um espaço verdadeiramente plural, no qual diferentes modos de compreender o mundo possam dialogar em pé de igualdade”.

“O acordo assinado com a CAPES/MEC é um grande marco: o programa se institucionaliza e entra em uma nova fase de consolidação e expansão”, disse o embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain. “É um sinal forte da confiança que nossos dois países depositam nesta iniciativa”, continuou.

A biomédica Alícia Patrine, indígena do povo Kokama, relatou ter tentado vários programas de internacionalização, mas esbarrava nos testes de proficiência de idiomas. “No Programa Guatá essa exigência é substituída pelo suporte à língua, que facilita a nossa ida”, disse. E relatou: “Quando cheguei a França ouvi que não ‘parecia brasileira’. Achavam que eu era do sudeste asiático. Mas agora pesquisadores indígenas também são a cara da ciência do Brasil lá fora”.

Alícia Patrine respondeu, ainda, a perguntas técnicas sobre o edital. Também participaram, pela CAPES/MEC, o diretor de Relações Internacionais, Rui Oppermann, e a chefe de gabinete da presidência, Priscila Ubriaco, acompanhados da conselheira internacional do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica (CFBBA) Nadège Mézie.  

O Programa Guatá promove intercâmbios acadêmicos, científicos e culturais entre Brasil e França pela mobilidade internacional de doutorandos indígenas. O termo “Guatá”, de origem tupi-guarani, significa “caminhar”, simbolizando o movimento de troca, aprendizado e construção conjunta de saberes.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)

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